A Rolinha Voou
A rolinha voou, voou, voou
Deixa a rola voá, voá, voá
O meu pinho chorou, chorou, chorou
Deixa o pinho chorá, chorá, chorá
Um farmacêutico receitou pro Chico Bode
Um remédio pro bigode e mais outro pra muié
Tomaram errado o remédio, que pagode
Na muié nasceu bigode e o Chico teve um bebé
A rolinha voou, voou, voou
Deixa a rola voá, voá, voá
O meu pinho chorou, chorou, chorou
Deixa o pinho chorá, chorá, chorá
Nariz comprido tinha a Maria Teresa
Quando sentava na mesa no nariz botava escora
Quando morreu que baixou na sepurtura
Sete parmo de fundura e o nariz ficou de fora
A rolinha voou, voou, voou
Deixa a rola voá, voá, voá
O meu pinho chorou, chorou, chorou
Deixa o pinho chorá, chorá, chorá
Muié bem arta é a Maria Espaia-Brasa
Quando ela entra em casa tem que entrá de quatro pé
E o seu marido passa uma vida apertada
Tem que subi numa escada pra podê beijá a muié
A rolinha voou, voou, voou
Deixa a rola voá, voá, voá
O meu pinho chorou, chorou, chorou
Deixa o pinho chorá, chorá, chorá
A rolinha voou, voou, voou
Deixa a rola voá, voá, voá
O meu pinho chorou, chorou, chorou
Deixa o pinho chorá, chorá, chorá
Porque será que a galinha quando bota
Se o ovo for bem grande o galo enfeza pra chuchu
Fala pra ela já meio desconfiado
Que termine quanto antes a amizade com o peru
A rolinha voou, voou, voou
Deixa a rola voá, voá, voá
O meu pinho chorou, chorou, chorou
Deixa o pinho chorá, chorá, chorá
Por que será que quando um homem se rebola
Num cordão carnavalesco fantasiado de muié
A gente pensa que é apenas fantasia
Mas depois de oiá direito é que a gente vê que é
A rolinha voou, voou, voou
Deixa a rola voá, voá, voá
O meu pinho chorou, chorou, chorou
Deixa o pinho chorá, chorá, chorá
Um papagaio foi pousar no galinheiro
Bem debaixo do poleiro e fez um bruto escarcéu
Gritou pro galo, feche logo esta torneira
Pra ficá nesta goteira só mesmo tendo um chapéu
A rolinha voou, voou, voou
Deixa a rola voá, voá, voá
O meu pinho chorou, chorou, chorou
Deixa o pinho chorá, chorá, chorá
Composição: José Fortuna