Zé Fortuna & Pitangueira

Jogo da Vida

Zé Fortuna & Pitangueira


Antônio foi à cidade
Tão triste, tão descontente
Buscar remédio pra filha
Que se encontrava doente

Mas ao chegar na cidade
No primeiro bar da entrada
Viu seus amigos jogando
Entrou também na jogada

Foi jogando e foi perdendo
Todo o dinheiro que tinha
Que era para comprar
Remédio para a filhinha

Mas continuou jogando
Pra ver se recuperava
Quando clareou o dia
Um cavaleiro chegava

Ele vinha lhe avisar
Que a filha tinha morrido
Antônio desesperado
Se deu um tiro no ouvido

Assim o maldito jogo
Deixou um lar destruído
Pai e filha noutro mundo
E uma mulher sem abrigo

[Quantos dramas como esse
Por este mundo acontece
Homem que entra no jogo
E jogando ele se esquece

Que a sua honra e família
Com tanto amor conseguida
Numa só noite se acaba
No triste jogo da vida]

Por que jogar se a vida
Já é um jogo de surpresa
Amanhã o que seremos
Ninguém pode ter certeza

Nossa existência é um baralho
E a derradeira partida
Somos as cartas marcadas
No triste jogo da vida

* [estrofe não gravada]

Compositor: Jose Fortuna (Ze Fortuna)
ECAD: Obra #269147

Letra enviada por Pedro Paulo Mariano

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