Um ricaço fazendeiro Chamado rei do sertão Era um homem inteligente De grande percepção Sua escola foi a vida Seu diploma foi o chão Não herdou sua fortuna Conquistou com as próprias mãos
Tinha um filho arrogante Que nunca quis trabalhar Era muito vaidoso Tinha o dom de humilhar Passava as noites na farra Gostava de se gabar Dinheiro não é problema O meu pai pode pagar
Um dia o velho falou Eu dei de tudo pra você Mas você foi orgulhoso Não soube reconhecer Já estou no fim da vida Não vou demorar morrer Mas antes de ir embora Seu futuro vou prever
Filho toda minha herança Pra você eu deixar Mas você sem juízo Não vai administrar No mundo não há dinheiro Que não venha acabar E você vai gastar tudo Na pobreza vai ficar
Quando estiver na miséria Todos vão te abandonar Vai se ver em desespero E vai querer se matar Lembra da casinha velha Logo depois do pomar Lá eu pendurei uma corda Pra você se enforcar
Depois que o velho morreu E a fortuna se acabou Já vivendo na sarjeta Um dia ele se lembrou Foi até a casa velha pra fazer o que o pai mandou Pois a corda no pescoço e pra morte se atirou
Depois que ele deu um pulo Tudo desabou ao chão Caiu um saco de ouro De um falso alçapão Tinha um bilhete dizendo Filho aprenda à lição É sua segunda chance Pra ser o rei do sertão
Você que me ouve agora Escute o que eu vou te falar Não sufoque a esperança Não deixe a fé acabar Por Mais que esteja difícil Vale a Pena continuar Jesus deu a vida dele Lá na cruz pra te salvar
Compositores: Pracidio Garcia de Matos (Garcia Matos), Everaldo Braulino Greter (Everaldo Gretter) ECAD: Obra #16710000 Fonograma #12760152