Numa casinha bem distante do arraial Era um casal que há muitos anos vivia Casado há tempo tinha um filho somente Obediente, o que mandava ele fazia
Sua mãezinha só vivia trabalhando Sempre ajudando a ganhar o pão de cada dia Mas o seu pai, um canalha mascarado Embriagado e na mulher sempre batia
Um certo dia esperar já era tarde Lá da cidade foi chegando o beberrão Para o filhinho nem um presente sequer A pra mulher trazia a faca na mão
O inocente ouvindo aquele grito alto Entrou no quarto e pôs o joelho no chão Talvez pensando em ver a mãezinha morta Com as mãos postas fez a sua oração
declamado: (“Meu santo Deus poderoso, Vós que tendes grande poder Mamãe é tão boazinha e não merece morrer Depois papai será preso e qual será o meu fim? Ao invés de matar mamãe, mande então matar à mim”)
Estas palavras pronunciadas com amor Nosso Senhor não faltou com a providência Por um milagre o homem voltou a calma Sentiu na alma a doer a consciência
E abraçando a mulher e seu filhinho Rezou baixinho e pra Deus pediu perdão Daquele dia ninguém mais o viu bebendo Estão vivendo na mais completa união
declamado: (“Obrigado Papai do céu por ter ouvida minha prece”)
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Samuel Gervázio De Oliveira, Aldair Teodoro Da Silva