Recordando meu passado Fiquei triste de repente Lembrei meu sertão amado Onde eu vivia contente
Vendi tudo que eu tinha Meu pedacinho de chão Eu vendi minhas vaquinhas E meus bois de estimação
Vivo muito aborrecido Também muito arrependido Em ter deixado meu sertão
Nunca mais voltei pra roça Mas ainda sou caipira Eu prefiro uma palhoça E uma dança de catira
Do que toda a vaidade Que existem pelas ruas As mocinhas da cidade Dizem que estão nas suas
Tudo é muito esquisito E certos pais acham bonito Ver as filhas quase nuas
Para todos canto e digo Que vivo na agonia A cidade é o meu castigo Apesar da mordomia
O barulho me enlouquece Também me causa pavor Tudo aqui me aborrece Para mim nada tem valor
Tudo isto é um inferno Não nasci pra ser moderno Nem pra viver de favor
Minha velha não concorda Com meu modo de pensar E também sempre discorda Quando eu valo em voltar
É só mágoa e dissabor De tristeza clamo e choro Necessito elevador Pra chegar aonde moro
Oh! Virgem Santa Maria Me faça voltar um dia Pro sertão que tanto adoro
Compositores: Itajacy Cabral Salgado, Luiz de Castro (ABRAMUS)Editor: Peermusic do Brasil (UBC)Publicado em 2022 (08/Nov)ECAD verificado obra #1256485 e fonograma #37476401 em 28/Out/2024 com dados da UBEM