Eu conheço um cantador que canta, mas não inventa Também tem compositor que faz e, não apresenta Os fãs que me consideram diz que eu sou, pedra noventa Porque faço melodia, canto com a voz macia, Escrevo minhas poesias, e a moringa não esquenta.
Esta viola de pinho é a minha, ferramenta Com ela eu ganho dinheiro e o pão que, me alimenta À mais de quarenta anos que viola, me sustenta Com este pinho no peito, eu enfrento o preconceito, A inveja o e despeito, da violeirada ciumenta.
Eu não uso aparelhagem nem guitarra, barulhenta Como fazem muitas duplas na hora, que se apresenta No lugar que eu estou cantando a platéia, fica atenta Minha modas são pesadas, nosso show não desagrada, Só moda selecionada, sem piada e sem pimenta.
Ao longo desta jornada minha luta, foi violenta As glórias que eu alcancei o povo, ainda comenta O que eu fizer pra frente é lucro logo a gente, se aposenta A missão está cumprida, e as finanças garantidas, Vou pela estrada da vida, caminhando em marcha lenta.
Compositor: Adauto Ezequiel (Carreirinho) (SBACEM)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)Publicado em 1995 (19/Jan) e lançado em 1995 (01/Fev)ECAD verificado obra #1919321 e fonograma #430320 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM