Pelos campos do Brasil Seriema vai cantando Sem saber que está matando De saudade um trovador
Vai também meu pensamento Passeando emocionado Pelos campos do passado Revivendo um velho amor
Que saudade, seriema Das manhãs em que eu ia Para as festas da abadia Do mateiro e do brejão
Seu cantar se espalhava Pelas terras perfumadas Em alegres clarinadas Na alvorada da ilusão
Fim de baile, o regresso No orvalho das campinas As estrelas matutinas Se apagando muito além
E o sol se alaranjando Para as bandas do nascente Colorindo docemente Os cabelos do meu bem
Junto à flor da minha vida O meu mundo era poema E o cantar da seriema Era fundo musical
Mas depois que abandonei Minha doce criatura Nunca mais tive a ventura De encontrar amor igual
Percorri longos caminhos Quase ao fim estou chegando Os cabelos branqueando Tive acertos e enganos
Quem amou como eu amei Tem o coração sensível O desejo impossível De voltar aos quinze anos
Quando escuto, seriema O seu canto soluçado Vou revendo meu passado Pela imaginação
Vivo nesta ilusória Fantasia colorida Mas talvez a própria vida Seja uma ilusão
Compositores: Gerson Coutinho da Silva (Goia) (UBC), Leonardo Amancio (Amancio) (SADEMBRA)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)ECAD verificado obra #2002588 em 11/Abr/2024 com dados da UBEM