Vou viver a vida sempre amando tanto Com estes dois olhos que quando os abro Defeitos distingo do negro e do branco E nos altos céus seu fundo estrago E nas multidões vejo a mulher que eu amo
Gracias a la vida que me ha dado tanto Tenho dois ouvidos o que quero escuto Gravo noite e dias grilos e canários Martelos, cortinas, ruídos, chocalhos E a voz tão terna de um amor amado Gracias a la vida que me ha dado tanto Tenho o sentido do abecedário Com simples palavras eu penso e declaro Aí, amigo, mano e os que estou criando Labutando n’alma no que estoy amando Agradeço a vida que me tem dado tanto Me dá sempre força pro meus pés cansados Com eles descubro cidades e charcos Praias e desertos, montanhas e lagos E na sua casa a sala e o quarto
Gracias a la vida que sempre fez tanto Fez um coração que agita o sangue Pra regar as flores do cérebro humano Cérebros fecundos que dão frutos raros Que eu vejo no fundo dos teus olhos claros Gracias a la vida que sempre deu tanto Dá panos pra vista enxugar os prantos E assim se distingo feitiços, quebrantos Descubro as coisas que formam o meu canto E o canto do povo é o soberano canto E o canto dos povos, lamento os prantos E o canto de todos é meu próprio canto Gracias a la vida, gracias a la vida...
Compositor: Violeta Parra Sandoval (SACEM)Editor: Editorial Musical Korn Intersong S A I C (SADAIC)ECAD verificado obra #798010 e fonograma #264055 em 01/Abr/2024 com dados da UBEM