Desde manhã, os fadistas Jaquetão, calaça esticada Se aprumam com galhardia Seguem as praxes bairristas É data santificada Há festa na Mouraria
Toda aquela que se preza De fumar, falar calão Pôr em praça a juventude Nessa manhã chora e reza É dia da procissão Da senhora da saúde
Nas vielas do pecado Reina a paz tranquila e santa Vive uma doce alegria À noite, é noite de fado Tudo toca, tudo canta Até a Rosa Maria
A chorar de arrependida A cantar com devoção Numa voz fadista e rude Aquela rosa perdida Da Rua do Capelão Parece que tem virtude
Compositores: Alfredo Rodrigo Duarte (Alfredo Duarte) (SPA), Antonio Correia Pinto D Almeida (Antonio Amargo)Publicado em 1964ECAD verificado obra #1396604 e fonograma #5365568 em 08/Abr/2024 com dados da UBEM