Ouça aquele apito de Duquesne

Apitando como se fosse destruir meu mundo

Quero parar em Carmangale e continuar seguindo

Aquele trem de Duquesne vai me embalar noite e dia

Você diz que sou um jogador, você diz que sou um gigolô

Mas não sou nenhum dos dois

Ouça aquele apito de Duquesne

Soando como se estivesse na corrida final

Ouça aquele apito de Duquesne

Apitando como se ela nunca tivesse apitado ante

Pequena luz azul piscando, luz vermelha brilhando

Apitando como se estivesse à porta do meu quarto

Você está sorrindo para mim através da cerca

Assim como você sempre sorriu antes

Ouça aquele apito de Duquesne

Apitando como se ela não fosse mais apitar

Você não ouve aquele apito de Duquesne?

Apitando como se o céu fosse se desintegrar

Você é a única coisa viva que me faz seguir

Você é como uma bomba-relógio no meu coração

Posso ouvir uma voz doce chamando constantemente

Deve ser a mãe do nosso senhor

Ouça aquele apito de Duquesne

Apitando como se a minha mulher estivesse a bordo

Ouça aquele apito de Duquesne

Apitando como se fosse varrer meu blues para longe

Você, velho malandro, sei exatamente aonde você vai

Eu mesmo levarei você até lá no raiar do dia

Acordo todas as manhãs com aquela mulher na minha cama

Todos me dizem que ela dominou minha mente

Ouça aquele apito de Duquesne

Apitando como se fosse me matar

Você não ouve aquele apito de Duquesne?

Apitando em alguma outra cidade que não é boa

As luzes na terra da minha dama estão brilhando

Pergunto-me se me reconhecerão da próxima vez

Pergunto-me se aquele velho carvalho ainda está de pé

Aquele velho carvalho, no qual costumávamos subir

Ouça aquele apito de Duquesne

Apitando como se ela estivesse soprando na hora certa