Nossa terra está doente Enfermidade recorrente E junto adoece a fauna e a flora A cosmologia, o mito dos povos tradicionais Herança dos nossos ancestrais Virando pó pelo poder da ganância A procura de minerais
Nosso brado é resistência Contra a violação Combatemos a cobiça, a ignorância De quem abomina o próprio chão Nosso espírito, nosso corpo A essência desse povo Guerra! Vamos proteger a terra Contra a sede do poder
Quilombolas, ribeirinhos, pescadores Pedindo prudência (Somos guerreiros, cabanos e índios) (Num canto de resistência) Intimidados de braços cruzados Meu povo não vai ficar Com unhas e dentes iremos lutar
É a luta de Paulinho Guajajara De Davi Kopenawa, de Naílton Pataxó De Chicão Xucuru É a batalha de Raoni, Ajuricaba De Francisca e Maroaga Da Maninha Xucuru, do povo azul
Terra mãe, no colo de mãe Tem cura de mãe Perder nossa terra É perder nossa mãe
Mãe terra, nossa alma Mãe terra, nosso corpo Mãe terra, nossa vida Nosso tesouro Vale mais do que ouro