O segredo dos primeiros homens foi profanado O cipó-de-fogo foi violado Wayana-Apalai, Wayana-Apalai Uma terrível visão de Ayarí se concretizará Em duas luas guerreiros preparam-se para a batalha final
O sol adormece no véu das trevas O céu é o espelho da escuridão Anúncio do grande flagelo do Deus de Trovão Desperta a ímpia quimera, avança no meio da selva Teus passos estrondam a terra alastrando o mal Gritos ecoam na mata, brota o medo na taba Temido predador, o ataque letal
Da boca sedenta, voraz, do ventre da fera virá Talarupé aprisiona a Dununawá O ciclope colossal na escuridão a marchar Fareja a alma dos bravos para devorar Sinto teu passo em minha direção O teu olhar faz parar coração
Pra onde vou? Pra onde vou? Suspiro, medo e horror!
Mil flechas dispararam em sua direção Zarabatanas voam na escuridão Guerreiros que travam a grande batalha mortal A mortandade se espalha como maldição Carauará e Ayarí em sua oblação Conclamam aos deuses do céu a sua salvação lhes concedem a lança imponente Disparam na Talarupé (a serpente) karamanaé da um rugido, um arquejo final
Houve festa na aldeia Abateram a terrível grande besta Tem lua lá no céu pra iluminar Tamurá, maracá a ressoar Tambores da vitória a eternizar A vida renasce trazendo a paz
Houve festa na aldeia Abateram a terrível grande besta Tem lua lá no céu pra iluminar Tamurá, maracá a ressoar Tambores da vitória a eternizar A vida renasce na Wayana-Apalai
Compositor: Gabriel Moraes / Joel Almeida / Juarez Lima Filho