Bem na esquina daquela rua morta Reina o silêncio até findar o dia Chegando a noite abrem-se as portas Do afamado bar da boemia
E no momento em que eu ali chegava Os companheiros corriam a me encontrar E as mulheres todas me rodeavam E até brigavam por querer me abraçar
Daquela rua eu sempre fui o dono Igual um rei rodeado de rainhas Mas os amigos destruíram o meu trono E agora abraçam as mulheres que eram minhas
Por intermédio de uma luz acesa Vejo o cantinho que elas sentavam comigo E as mulheres naquela mesma mesa Bebendo ao lado de quem foram os meus amigos
Hoje sozinho eu maldigo aquele bar Onde perdi a vergonha e o dinheiro Quando não tinha mais o que gastar Perdi as mulheres e os companheiros
Em recompensa dos meus tempos de boêmio Recebo a rua como herança da orgia Só a miséria e o desprezo foram prêmios Que eu recebi da maldita boemia
Compositor: Ludovico Colognes (Paiozinho) (SICAM)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)Publicado em 2004 (15/Jan) e lançado em 2000 (01/Mai)ECAD verificado obra #2554994 e fonograma #11335914 em 29/Out/2024 com dados da UBEM