("Isto aconteceu no nordeste quando a lei era a bala E o cangaço dominava todo o sertão Um homem foi morto injustamente, cruelmente Por um dos capangas da quadrilha de Lampião
E este homem tinha um filho por nome de Ringo Que jurou vingar um dia a morte de seu pai Ringo foi crescendo, crescendo E aquela negra lembrança aumentava cada vez mais
A mágoa e o ódio em seu coração Um dia despediu-se de sua mãe E lá foi Ringo em busca do homem mau Que matou o seu pai a traição")
Saiu galopando Cortando estradão Até que um dia Encontrou o valentão
Corisco era o homem Do seu juramento Foi um tiroteio Naquele momento
E o Ringo não quis Deixar pra depois Foi chuva de bala No encontro dos dois
("- Até que afinal, Corisco, nos encontramos Há muito tempo que eu estava te procurando Há há há há há há! Já sei, quer um emprego, não é? Se for esperto e bom no gatilho, me serve Vendêro, enche um copo de cachaça Pra esse cabra da peste tomá Não Corisco, eu não bebo com cangaceiro Há há há há! Ué bichinho, tu parece que tá nervoso, quem é tu? Eu sou aquele menino que jurou de um dia vingar a morte do pai E aqui estou para a vingança Pois não, cabra, comece a fazer o sinal da cruz que já vai bala Cuidado filho! ")
Naquele duelo Corisco tombou O homem que era valente acabou Pagando bem caro o que praticou E o Ringo cumpriu o que ele jurou
Corisco morreu Foi triste seu fim Todos os valentões Terminam sempre assim
Compositor: Benedito Bras dos Reis (Marinheiro) ECAD: Obra #1994191