Eu que nasci na mangueira Num dia festa, numa seresta Num grande batuque, ganhei um surdo Pra fazer a marcação Minha Mangueira, Mandela Um negro na corte, um samba na noite Acorda todo o morro na voz de Jamelão
O que que você me diz Se o samba é a voz do meu país
Quero um samba de roda Gravar na Ariola, junto com Chico Um samba de Vinícius que é pra ver você feliz Minha porta-estandarte, desfile com arte Não chegue tão tarde, não acorde o padre Porque teu santo quer dormi
Não me faças escolher Entre a Mangueira o morro e você
Vou desfilar na avenida minha querida Não passe batida, não fique ofendida A Globo vai transmitir Vou li acenar do meio da passarela Não fique sentida, nem fique naquela De querer me redimir
Já pensou se o morro amanhecer Verde e rosa só pra você
Um beija-flor pousou na minha mangueira Meu Sabiá que é de laranjeira Tratou logo de se divertir Levou pro barraco, deitou foi no barro Não tinha esteira a nega cabreira E desse amor nasceu o meu gurí Meu gurí, meu gurí
Compositor: Geraldo da Costa e Sousa Filho (Geraldinho de Babila) ECAD: Obra #16172419