Primeiro você me azucrina, me entorta a cabeça Me bota na boca um gosto amargo de fel Depois vem chorando desculpas, assim meio pedindo Querendo ganhar um bocado de mel Não vê que então eu me rasgo, engasgo, engulo Reflito e estendo a mão E assim nossa vida é um rio secando As pedras cortando e eu vou perguntando: até quando? São tantas coisinhas miúdas, roendo, comendo Arrasando aos poucos com o nosso ideal São frases perdidas num mundo de gritos e gestos Num jogo de culpa que faz tanto mal Não quero a razão pois eu sei o quanto estou errado O quanto já fiz destruir Só sinto no ar o momento em que o copo está cheio E que já não dá mais pra engolir Veja bem, nosso caso é uma porta entreaberta Eu busquei a palavra mais certa Vê se entende o meu grito de alerta Veja bem, é o amor agitando meu coração Há um lado carente dizendo que sim E essa vida da gente gritando que não.
Compositor: Luiz Gonzaga do Nascimento Junior (Gonzaguinha) (UBC)Editor: Editora Moleque (UBC)Publicado em 2015 (16/Set) e lançado em 2015 (30/Set)ECAD verificado obra #856 e fonograma #11577554 em 24/Out/2024 com dados da UBEM