Armaram um pagode no Morro do Bode, lá pras bandas do Irajá Um mala sem alça dizia na praça, que cabeça chata não podia entrar Pra lá de arretado, muito injuriado P da vida fiquei uma vara Porque não tolero qualquer desaforo, subi o morro num pau-de-arara
Levei Severino, o rei do gatilho lá de João Pessoa Levei Seu Menino, Tião Alagoas, um tal dedo mole virado no cão Levei o temido, Antônio Demônio, ex-cangaceiro Levei seu parceiro, o velho Raimundo Dizendo ser primo segundo de Virgulino Lampião Levei Joselino e Rufino e o Zé da Pexeira Partimos pra briga da Segunda-feira Na quinta eu parei pra rever Socorro, meu amor Na sexta eu voltei para a briga e levei Donizete Um cabra da peste com dois canivetes Feriu vinte e sete e a briga acabou e aí! Desfeita a confusão saquei o acordeom e me juntei Ao pandeiro, ao cavaco, ao repique, ao tantã e violão
Aí o pagode virou forrogode pro Morro do Bode dançar Foi a maior festa popular (e aí!)
Pintou Dominguinhos, pintou o Osvaldinho Puxando no fole, botou pra quebrar diga lá! Foi a maior festa popular Chegou Alcione, Zeca do Trombone E a Pérola Negra pra gente brincar, deixa comigo, deixa comigo! Foi a maior festa popular Chegou Arlindinho, Zeca Pagodinho Sombrinha e Guineto pra gente versar diga lá! Foi a maior festa popular
Compositores: Jose Marilton da Cruz (Chapinha), Mario Sergio Gonzaga (Naio Denay) ECAD: Obra #1545020 Fonograma #39591362