Na sombra fresca e amiga Da grande árvore antiga Que enfeita o meu quintal Amarrei a velha rede Entre o gancho da parede E o seu galho horizontal Olhando a sua beleza Presente da natureza Adormeci e sonhei No sonho a árvore velha Falou-me coisas tão belas Que jamais eu esquecerei
Falou-me assim sentida Há tanta gente esquecida Que nem lhe respeitam mais Esquece que fui a cruz Onde pregaram Jesus Filho de Deus nosso pai Se hoje lhes dou ar puro Esquecem que no futuro Precisarão respirar Sou grande amiga sua Por favor não me destrua Que ainda irei te salvar
Não esqueça meu amigo Teu aconchegante abrigo Te dou sem nada cobrar Aos teus irmãos boiadeiros Andarilhos caminheiros E a todos que precisar Sou a porta e a janela Da mansão e da capela E da igreja também Espalhe a minha semente Sou uma vida inocente Que não faz mal a ninguém
Não corte uma árvore amigo Na árvore também tem vida De graça te dá a sombra Ar puro pra sua vida
Compositores: Manoel Adao da Silva (Manoelito Nunes), Donizete de Souza Pinto (Amaral) ECAD: Obra #2825 Fonograma #54256384