No triângulo mineiro Numa certa povoação Morava um fazendeiro O mais rico da região Tinha somente uma filha De muita estimação Por nome de margarida Linda sem comparação Por ela ter muita riqueza Se valia da beleza Pra fazer ingratidão
O capataz da fazenda Por ela sentiu paixão Suplicando o seu amor Foi pedir a sua mão A fazendeira orgulhosa Sorriu da sua intenção Deu a conta ao capataz Para servir de lição Dizendo que era nobre Nunca viu um homem pobre Servir para ser patrão
O tempo foi se passando Movida por ambição Margarida organizou Um torneio de tradição Comprou um burro famoso Por nome de furacão Dava uma rosa de ouro E também seu coração Para um peão de vulto Que parasse dez minutos No lombo do tal burrão
Aquela rosa de ouro Arrastava a multidão Todos os peão que montou O burro jogou no chão O capataz tendo a notícia Veio de outros rincão Mostrou no lombo do burro Ser o rei da profissão O torneio foi decidido O burro tombou vencido Na espora do campeão
Margarida arrependida Chorando pediu perdão O capataz comovido Falou com educação Aceito a rosa de ouro Para a minha coleção Casar com dama de luxo É ter muita pretensão Além disso eu sou casado Tenho lá no meu reinado A rainha deste peão
Compositores: Quintino Elizeu, Luis Alves Pereira (Edson Carlos) ECAD: Obra #188290 Fonograma #305164