O senhor Silvério dias Foi um homem fazendeiro Forte criador de gado Tinha muito dinheiro Só que ele não confiava Nem no banco brasileiro Na sua casa guardado Tinha muitos mil cruzeiros Dinheiro era seu inimigo Por isso ele foi traído Por um homem desconhecido No traje de um boiadeiro
Pois um homem boiadeiro Na sua casa chegou Logo entraram em negócio Comprou o gado e pagou Contando algumas vantagens O seu Silvério acreditou Ofereceu um curativo Seu Silvério aceitou Silvério sendo um homem ativo Não desconfiou do perigo Acreditou no inimigo Fingindo ser curador
A noite teve seção A família acompanhou Cada um com um copo d'água Que este homem temperou Quatro copos e quatro velas Que este homem envenenou Na hora do seu mandado De uma vez tudo virou Quatro copos e quatro velas O casal foi ele e ela Morreu as duas donzelas Que o seu Silvério criou
Deu uma busca no cofre Muito dinheiro encontrou Numa lata de mamona Este o ladrão não achou Dinheiro de sua esposa Que tanto ela trabalhou Segurou e não valeu nada Foi outro que aproveitou Não encontraram na gaveta Mas oitenta conto em letras Que ladrão cheio de treta Roubou tanto e ainda deixou
A casa amanheceu fechada Fechada mesmo ficou Bezerrada da mangueira O dia inteiro berrou Ajuntaram a vizinhança Pra ver o que a resultou Olhar alguma novidade Este homem não viajou Não frequentava diversão Pra não gastar nenhum tostão Foi morto por um ladrão ai A sua fortuna deixou
Compositores: Amado Jacob, Antonio Jacob (Jaco) ECAD: Obra #1842905 Fonograma #130683