Juliette
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Garganta

Juliette


Minha garganta estranha quando não te vejo
Me vem um desejo doido de gritar
Minha garganta arranha a tinta e os azulejos
Do teu quarto, da cozinha, da sala de estar

Venho madrugada perturbar teu sono
Como um cão sem dono me ponho a ladrar
Atravesso o travesseiro, te reviro pelo avesso
Tua cabeça enlouqueço faço ela rodar

Não te faz de santa, isso é muita cara dura
Vir com toda essa candura pra me conquistar

Essa tal beata, eu já vi na rua
Não inventa essa postura só pra me agradar
Vim parar nessa cidade por força da circunstância
Sou assim desde criança, me criei meio sem lar

Aprendi a te deixar na minha
E só tô te dando linha
É pra depois te ver voltar

Aprendi a te deixar na minha
E só tô te dando linha
E pra depois te ver voltar

Compositor: Jose Antonio Franco Villeroy (Totonho Villeroy)
ECAD: Obra #123051 Fonograma #29563726

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