Tem muita coisa que não é realidade, mas é verdade quase tudo o que se diz... que o gaiteiro tem a fama que merece, e envelhece fazendo o povo feliz; eu, por exemplo, sou penteado nessa lida e levo a vida abraçado na cordeona; gasto meu tempo nos fandangos, onde eu canto, e um outro tanto nos braços de alguma dona.
Sou um gaiteiro de bem com a mulherada, não me falta namorada onde eu chego pra tocar; quando cutuco, na cordeona, uma vaneira, até a mais caborteira me acolhera num olhar; sou um gaiteiro de bem com a mulherada, não me falta namorada onde eu chego pra tocar; quando cutuco, na cordeona, uma vaneira, até a mais caborteira me acolhera num olhar.
Puxar a gaita num fandango, a noite inteira, dá uma canseira, mas a gente se acostuma; a recompensa tá numa festa animada e na tenteada dos cambichos que se arruma; naturalmente, cada um faz o que quer, porém mulher em demasia não convém; embora a gaita nos traga facilidade, felicidade é conservar o que se tem.
Sou um gaiteiro de bem com a mulherada, não me falta namorada onde eu chego pra tocar; quando cutuco, na cordeona, uma vaneira, até a mais caborteira me acolhera num olhar; sou um gaiteiro de bem com a mulherada, não me falta namorada onde eu chego pra tocar; quando cutuco, na cordeona, uma vaneira, até a mais caborteira me acolhera num olhar.
Até aquele homem sério e apaixonado, que é bem casado e respeita seu amor, sendo gaiteiro, que pra noite não se entrega, sempre carrega a fama de namorador; esse é um conceito que não serve só pra mim; foi sempre assim, e até o Honeide já dizia que nunca falta quem atire um olhar pra quem tocar com sentimento e alegria.
Sou um gaiteiro de bem com a mulherada, não me falta namorada onde eu chego pra tocar; quando cutuco, na cordeona, uma vaneira, até a mais caborteira me acolhera num olhar; sou um gaiteiro de bem com a mulherada, não me falta namorada onde eu chego pra tocar; quando cutuco, na cordeona, uma vaneira, até a mais caborteira me acolhera num olhar.