Perversa serpente do mal mentirosa e traidora. Vestida nas vestes mais lindas quem vê, diz que é boa pessoa. Do alto do seu egoísmo só faz o que lhe interessa. Não quero fazer mal juízo mas sinto que ela não presta.
Diz, que anda em busca do amor mas não é bem verdade. Toda conquista que faz é por pura vaidade. Ela quer a cidade inteirinha aos seus pés.
Eu não peço além do que preciso, eu não quero mais que um paraíso.
Aos olhos de um homem qualquer se parece tão pura e tão casta. Pois sabe pecar e mentir e fingir que esse alguém já lhe basta. Depois de andar por aí ela chega tranquila e serena, fazendo pensar que a vida que leva é sem graça e pequena.
Diz que é carente de amor pede que lhe abrace. Faz desse ar de abandono o seu golpe de classe. Mas bastou que a dor passe e repete outra vez.
Eu não peço além do que preciso, eu não quero mais que um paraíso.
Aquele que lhe conhecer certamente irá se enganar, porque o seu dom de iludir vai além do que possa pensar. Depende de onde e com quem, ela sabe dosar a medida; se vai parecer recatada ou se pode ser mais atrevida.
Talvez haja alguém pra quem ela enfim se entregasse; e invés de no rosto bater, simplismente beijasse, ofertando a outra face pra bater e beijar.
Eu não peço além do que preciso, eu não quero mais que um paraíso.
Faço até bem mais do que eu posso pra poder ficar com quem eu gosto, e eu gosto é de você.
Compositor: Jose Antonio Franco Villeroy ECAD: Obra #21688267 Fonograma #1505557