Onde andará a silhueta Desses antigos campeiros Que desenhavam saudades Na fumaça dos palheiros E madrugavam setembros Na voz clara dos braseiros.
Onde andará a "mañanita" Dos mates de gosto bueno Da encilha dos gateados Contraponteando o sereno E a humildade dos ranchos Guardando sonhos morenos.
Onde andará o verso claro Ponteado numa canção Que se espalhava em floreios Pelas tardes do galpão E matizavam campeiros Ao som de gaita e violão.
Onde andará a tarde longa Das ressolanas campeiras Onde a alma desses tantos
Cruzava além da porteira Pra o mundo das invernadas Por não saber das fronteiras.
Por onde andará o semblante De um avo maragato Que eternizou seu silêncio Na moldura de um retrato E dos seus causos antigos Desses campeiros de fato Quem sabe andam perdidas Na saudade dos avós Ou presas dentro do peito Querendo salta na voz Mas bem certo elas se acham Guardadas dentro de nós.
Compositores: Fabiano Bacchieri (ABRAMUS), Joao Luiz Nolte Martins (Joca Martins) (ABRAMUS), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) (UBC)Editor: Terra Sul (SOCINPRO)Publicado em 2002 (05/Abr) e lançado em 2002 (01/Abr)ECAD verificado obra #4439491 e fonograma #392307 em 28/Out/2024 com dados da UBEM