Depois de três anos sem lançar um disco de estúdio - pausa essa quebrada apenas por um EP distribuído final de 2014 - o NX Zero está de volta e em nova, e estimulante, fase com "Norte", o sexto álbum de inéditas. Apesar de manter a mesma formação há quase uma década, uma rápida escutada no novo trabalho do quinteto mostra que a banda mudou bastante e está embarcando em uma nova fase.
Em entrevista ao Vagalume, o guitarrista e compositor Gee Rocha fala que a guinada teve início no ano passado, durante as gravações do EP "Estamos no Começo de Algo Muito Bom, Não Precisa Ter Nome Não". Foi nessa época que a canção que marca o começo deste novo momento surgiu. "Quando fizemos "Meu Bem" a gente falou: 'nossa que música diferente', e ela veio na hora certa porque a gente estava precisando muito disso."
O momento a que ele se refere foi um dos mais conturbados da história do NX Zero. A banda estava mudando de gravadora, ao mesmo tempo em que começava a sentir que estavam tocando simplesmente para fazer a engrenagem girar, como se todo o prazer estivesse desaparecido.
Para a sorte do quinteto, "Meu Bem" chegou aos ouvidos do produtor Rafael Ramos, que adorou a faixa, topou assumir a produção do disco e ainda fez um acordo de distribuição do trabalho com a gravadora Deckdisc.
Antes disso o NX tirou dois meses de férias. As primeiras em muitos anos. O descanso serviu para que novas músicas surgissem. Quando retornaram, o vocalista Di Ferrero tinha várias letras prontas, "ele estava numa fase muito boa, apaixonadão pela mulher dele que tinha acabado de conhecer (a modelo Isabelli Fontana)" conta Gee, que também diz que apareceu com várias músicas novas depois desse descanso.
De volta ao trabalho, os cinco, mais o tecladista Rafael Mimi e Rafael começaram a se reunir no apartamento de Rocha, que tem um estúdio caseiro, para organizar as ideias.
As sessões se mostraram produtivas, com Ramos apresentando várias bandas e artistas diferentes para o grupo e eles trabalhando sem maiores preocupações com prazos e demais pressões.
Ao se escutar "Norte" é fácil notar que eles andam ouvindo bandas bem diferentes daquelas que eles escutavam há dez ou quinze anos.
Além das referências um pouco mais óbvias - Kasabian, Arctic Monkeys e Black Keys - Gee diz que muita coisa que estava fora do radar deles lhes foi apresentada por Rafael. A lista inclui nomes clássicos da soul music como Al Green e Otis Redding, passa pelo misterioso projeto The Japanese House e até artistas que aparentemente nada tem a ver com eles como Major Lazer ou Chet Faker.
As gravações foram feitas com todos tocando ao vivo no estúdio e fazendo uso de sistema analógico. O clima foi tão intimista e pessoal, que no final o grupo concluiu que não iria querer nenhum convidado especial nessas músicas.
Isso até eles se verem incapacitados de fazer um solo para a música "Fração de Segundo (part. Lulu Santos)". Foi quando Lulu Santos (ao lado) entrou em cena para dar cabo da missão.
O veterano astro da música brasileira, acrescentou seu toque inconfundível na faixa, ao gravar um solo com slide (aquele cilindro de vidro ou metal). "Enfim, é um dinossauro do nosso rock que está no nosso disco, eu não sei nem o que falar", resume Gee.
A banda agora se prepara para cair na estrada, com as músicas novas. O NX Zero tem quatro shows agendados em agosto - o primeiro deles neste dia 8 em Americana - mas a estreia oficial da turnê está marcada para 19 de setembro no Audio Club em São Paulo.
Quando, para encerrar o papo, falamos que a crise pela qual eles passaram há alguns anos pelo visto foi resolvida, Rocha concorda. "Exatamente, esse é o resumo de tudo. A banda estava estranha, longe de sua melhor fase e hoje a gente se resolveu e estamos vivendo uma parada muito legal. Nós estamos muito orgulhosos deste disco e esperamos que todos o ouçam com calma, porque ele foi feito com muito carinho", conclui.
Ouça "Meu Bem"
Curta o som do NX Zero aqui no Vagalume!
Em entrevista ao Vagalume, o guitarrista e compositor Gee Rocha fala que a guinada teve início no ano passado, durante as gravações do EP "Estamos no Começo de Algo Muito Bom, Não Precisa Ter Nome Não". Foi nessa época que a canção que marca o começo deste novo momento surgiu. "Quando fizemos "Meu Bem" a gente falou: 'nossa que música diferente', e ela veio na hora certa porque a gente estava precisando muito disso."
O momento a que ele se refere foi um dos mais conturbados da história do NX Zero. A banda estava mudando de gravadora, ao mesmo tempo em que começava a sentir que estavam tocando simplesmente para fazer a engrenagem girar, como se todo o prazer estivesse desaparecido.
Para a sorte do quinteto, "Meu Bem" chegou aos ouvidos do produtor Rafael Ramos, que adorou a faixa, topou assumir a produção do disco e ainda fez um acordo de distribuição do trabalho com a gravadora Deckdisc.
Antes disso o NX tirou dois meses de férias. As primeiras em muitos anos. O descanso serviu para que novas músicas surgissem. Quando retornaram, o vocalista Di Ferrero tinha várias letras prontas, "ele estava numa fase muito boa, apaixonadão pela mulher dele que tinha acabado de conhecer (a modelo Isabelli Fontana)" conta Gee, que também diz que apareceu com várias músicas novas depois desse descanso.
De volta ao trabalho, os cinco, mais o tecladista Rafael Mimi e Rafael começaram a se reunir no apartamento de Rocha, que tem um estúdio caseiro, para organizar as ideias.
As sessões se mostraram produtivas, com Ramos apresentando várias bandas e artistas diferentes para o grupo e eles trabalhando sem maiores preocupações com prazos e demais pressões.
Ao se escutar "Norte" é fácil notar que eles andam ouvindo bandas bem diferentes daquelas que eles escutavam há dez ou quinze anos.
Além das referências um pouco mais óbvias - Kasabian, Arctic Monkeys e Black Keys - Gee diz que muita coisa que estava fora do radar deles lhes foi apresentada por Rafael. A lista inclui nomes clássicos da soul music como Al Green e Otis Redding, passa pelo misterioso projeto The Japanese House e até artistas que aparentemente nada tem a ver com eles como Major Lazer ou Chet Faker.
As gravações foram feitas com todos tocando ao vivo no estúdio e fazendo uso de sistema analógico. O clima foi tão intimista e pessoal, que no final o grupo concluiu que não iria querer nenhum convidado especial nessas músicas.
Isso até eles se verem incapacitados de fazer um solo para a música "Fração de Segundo (part. Lulu Santos)". Foi quando Lulu Santos (ao lado) entrou em cena para dar cabo da missão.
O veterano astro da música brasileira, acrescentou seu toque inconfundível na faixa, ao gravar um solo com slide (aquele cilindro de vidro ou metal). "Enfim, é um dinossauro do nosso rock que está no nosso disco, eu não sei nem o que falar", resume Gee.
A banda agora se prepara para cair na estrada, com as músicas novas. O NX Zero tem quatro shows agendados em agosto - o primeiro deles neste dia 8 em Americana - mas a estreia oficial da turnê está marcada para 19 de setembro no Audio Club em São Paulo.
Quando, para encerrar o papo, falamos que a crise pela qual eles passaram há alguns anos pelo visto foi resolvida, Rocha concorda. "Exatamente, esse é o resumo de tudo. A banda estava estranha, longe de sua melhor fase e hoje a gente se resolveu e estamos vivendo uma parada muito legal. Nós estamos muito orgulhosos deste disco e esperamos que todos o ouçam com calma, porque ele foi feito com muito carinho", conclui.
Ouça "Meu Bem"
Curta o som do NX Zero aqui no Vagalume!