Venho vindo de longe e muito tenho que andar Por isso peço, patrão, um lugar para pousar Chegue seu moço o apeie, puxe o pingo pro galpão Neste rancho de gaúcho tem pousada e chimarrão
Oh de casa, oh de casa Quanta alegria se sente quando alguém nos recebe Oh de casa, oh de casa E no dia seguinte a jornada prossegue
Mas quando se dá um oh de casa, na estância do bem-querer E só o eco responde, fazendo a gente sofrer Sem rumo quase cansado, se sai sem ter direção É o oh de casa mais triste na estrada da ilusão
Oh de casa, oh de casa Só o eco responde, fazendo a gente penar Oh de casa, oh de casa E na estrada da vida a gente tem que pousar
Na estância lá de São Pedro, de joelho e chapéu na mão Vou dar o último oh de casa, com respeito e devoção Peço ao patrão do céu que de mim tenha piedade Me arranje qualquer cantinho no rancho da eternidade
Oh de casa, oh de casa Peço, patrão do céu, um cantinho pra mim Oh de casa, oh de casa Essa tropeada da vida, um dia chega a seu fim