Sargento Lago
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Revolução

Sargento Lago


Por que não posso fazer minha revolução
Se no peito tem minha canção,
Na cabeça os versos e nas mãos o meu violão
Eu vim aqui pra falar, calar é igual concordar
Mas eu não vou fazer o que você quer

Eu que nasci desarmado e você me armou
No meu coldre tem uma revolta
E a munição é minha indignação
Você vai ter que escutar, eu não nasci pra calar
E concordar que furem os meus olhos

Com os amores que tive aprendi amar
Quase sempre são nessas lições
Que o exame final é uma lágrima
Na vida tudo é assim, o preço tem que pagar
Mas eu não vou pagar sem receber

Eu, que nasci desarmado, aprendi amar.

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