Quem tem ouvidos ouça! Dias vem, dias vão, na pegada da ilusão Trutas vem, trutas vão, na cilada do mundão O mesmo filme, a mesma cena, o mesmo diretor A mesma história, mas sempre com um novo ator O mesmo taxado de nomade, Que morre vitima da copa ou da febre do mcdonald, Sem ao menos ter a chance de dizer pra rainha da inglaterra O que eles tem vontade de comer.
E o tempo passa em quanto os manos Se disfarça de guerreiro da verdade Mas atrás de um copo de cachaça Felicidade que se torna em desgraça Pro playboy la na boate ou pro mendigo jogado na praça. Parece irônico mais vi na televisão Um anuncio que diz aprecie com moderação E tipo assim se mate bem divagar, A vida é dura mais ai não se apresse em se matar! meu deus! Era verdade já tava tudo escrito Um alerta do passado que até hoje ecoa como um grito. Pra meretriz pra parte de ronda biz, Pro servente de pedreiro e pros ricos que se julgam feliz!
E o tempo passa em quanto o mundo é distraído Com a capa da playboy com a atriz mostrando o umbigo, No laudo da pericia deu que o povo Foi morto intoxicado com a novela da seis, da sete e das oito E sempre a mesma isca e o mesmo anzol, Agora sei porque nada se faz novo debaixo do sol. Pra cada dia um novo amanhecer, Mas sempre a velha estratégia de fazer o homem perecer. E o inimigo um velho conhecido Deixa rastro onde passa mais atua escondido. No japão ou no brasil, com drogas ou com fuzil, Pra lotar contas bancarias ou deixar seu cérebro vazio! Arrependei-vos.
Compositor: Marcelo Biorki do Espirito Santo (Biorki) ECAD: Obra #29647445 Fonograma #9926465