Trazes no corpo sinais breves de amargura
O frio de casas a habitar
Trazes cidades, praças, ruas e a loucura
De uma canção por inventar
E tens a força da seara em movimento
Que incendia o teu olhar
E a frescura das pedras e dos rios
E a ternura do trigo pra colher
E tens no sangue o grito das manhĂŁs
E a violĂȘncia das coisas por sofrer
Das chagas por abrir
Dos nomes por saber
De um dia por surgir
Trazes vestĂgios de um segredo que guardaste
E uma semente em cada mĂŁo
Trazes amigos, trazes datas e lamentos
Para construir uma canção
E Ă©s a festa das cidades povoadas
Onde a viagem nĂŁo termina
E a frescura das pedras e dos rios
E a ternura do trigo por colher
E tens no sangue o grito das manhĂŁs
E a violĂȘncia das coisas por sofrer
Das chagas por abrir
Dos nomes por saber
De um dia em que
As palavras por dizer
SerĂŁo rostos de sorrir
Serão braços de mulher
Dias certos pra partir
As palavras serĂŁo certas
Como a ĂĄgua que bebemos
Como fogo de saber
O que sabemos
E tens a força das pedras e dos rios
E a ternura do trigo por colher
E tens no sangue o grito das manhĂŁs
E a violĂȘncia das coisas por sofrer
E tens a força das pedras e dos rios
E a ternura do trigo por colher
E tens no sangue o grito das manhĂŁs
E a violĂȘncia das coisas por sofrer