Aguardando a volta Eu e meu sonho de amor e paz Do vácuo a boca do sol Sentado á beira do cais, deserto Desperto e são, percebo mudando as cores Conforme passo essa fase Recordo de antigos valores Nesse imenso barro em movimento, chamo templo Tudo é intenso, fino e denso Vibrando amores e dores Acho dentro o sentido pra questão do pensamento Que hora te impede sentir E se entender de dentro pra fora
Outrora traz sempre um fugaz esclarecimento E é só um momento Pra uma chuva e um vento levar tal razão Quem demonstra força é a sutileza Se explore pra perceber Que estar seguro aqui não é só ter certeza E sim saber que o amor é que proeza Sem lembrar: religare Plenitude só habita a pureza Sua virtude, sua riqueza Se render pra compreender E diariamente pra sempre Se convencer dessa beleza
Do viver que é se doar O recuar que é o doer E sua intenção, irmão Sempre vai ser maior que a sua destreza Vê que a vida consiste na busca do viver Vivenciar e aprender, contrair e desenvolver Se envolver com o que há De enriquecer o discernir Que o que te cabe é existir No que te faz querer crescer
Intervir, sem ferir Interceder, se permitir crer Que o salto no sentir traz A chave pra se entender Seja portal da vida E veja o que não se possui ela Só se participa e se testemunha dela Irmão, se transborda o que te enche Entendimento: tudo o que existe foi criado A partir de um sentimento fino e nobre - amor
Ei, pobre, o nosso ouro A justificar meu couro enquanto me ponho de pé Enxergando a fé reluzir da fenda, tão profunda Só existe o agora, irmão Agarre o ar que te circunda
Viva hoje, o sol nasceu Lembre de aplaudir quando despertar Quando interagir Entregue o peito a comunga Desenhe um mundo Com bem mais cor que toda essa frieza Amem!
Sinta-se, síntese, sinta-se, sínta-se
Compositor: Gesterio Dias Chaves Neto (Sintese) ECAD: Obra #15449444 Fonograma #12914614