Mulher ingrata e fingida, não ignore eu dizer, Todo o mal da minha vida, só vem do seu proceder Seguistes nos meus encalços, com sorrisos e beijos falsos me deixando alucinado, Meu sofrimento é sem pausa, ô mulher por tua causa vou morrer embriagado... ...Nu Embalo... Embriagado eu percebo que alguns dos meus camaradas, Me pergunta porque bebo pra cair pelas calçadas, Eu ergo a cabeça e digo, respondo para os amigos, não bebo por vaidade, Eu bebo pra despairecer..uma magoa esquecer, de quem me fez falsidade Toda a minha desventura foi amar quem não me ama Tão lotado de amargura, o meu coração reclama, O que mais me diminui é eu lembrar que já fui da alta sociedade Pra hoje eu viver sozinho triste igual a um passarinho na gaiola da saudade... Minha família comenta porque vivo desse jeito, Minha mãe chora e lamenta.. papai vive satisfeito, Minha mãe me reclamando, e papai me abraçando já vendo a hora eu morrer, Com o rosto molhado em prantos.. me pede pra todo o santo pra eu deixar de beber Quando passo uma agonia perante meus velhos pais Faço uma garantia, juro que não bebo mais, Quando eu vejo os namorados se beijando e agarrados, Com aquilo eu me comovo, A saudade dela vem, pra não me lembrar do meu bem, o jeito é beber de novo... Minha vida é mal vivida por causa dessa mulher, Assim vou levando a vida até quando Deus quiser, Quando vem anoitecendo, ergo a cabeça dizendo vento me faça um favor. Você que vem do além traga notícia também de quem já foi meu amor. Triste de quem se apaixona como eu me apaixonei, Foi por causa dessa dona que eu me degenerei, Quando eu estou bebendo minha mãe chega dizendo "vai pra casa filho amado" Saio pelas ruas tombando e povo apresentando "êta homem apaixonado"
Compositor: Antonio Sirano Cavalcante Lopes (Sirano) ECAD: Obra #1628129