Teixeirinha
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Gaúcho de Bagé

Teixeirinha


Eu esses dias cheguei num carreiramento
Correr um pingo de minha propriedade
Cheguei gritei moçada eu sou de Bagé
Meu cavalo é pangaré e jogo dinheiro a vontade
Estendi o pala na grama beirando a cancha
Quem é que topa a parada de um bageense
O meu cavalo é corredor barbaridade
Parte a cancha na metade
E não tem ninguém que me vença

Saltou uns vinte foi-me topando a parada
Eu fui jogando todo o dinheiro que tinha
Foi muito fácil ganhei aquela carreira
Forrei minha cartucheira
Mas depois deu ladainha
Deu um bochincho que foi uma coisa louca
Puxei da faca e do meu trinta embalado
Agarrei um e fui batendo nos outros
Me deitei virei a potro pra dar conta do recado

Lá por as tantas uma chinoca a meu favor
Pulou na briga estou contigo gauchinho
Meio apertado perguntei ela quem é
Eu também sou de Bagé
E tu não vai brigar sozinho
Ganhamos a briga com a maior facilidade
Cheguei pra china e agradeci sorridente
O meu cavalo é o que me resta ainda
Agarra chinoca linda e leva ele de presente

Me agradeceu e pegou a rédea do pingo
Me disse assim meu gaúcho eu sou solteira
Esse cavalo é forte no upa-e-upa
Leva nós dois de garupa vamos juntos pra fronteira
Pensei um pouco solteiro eu sou também
Vou voltar junto com essa chinoca pra trás
Disse pra ela eu caso de boa-fé
Quando nós chegar em Bagé
Eu vou falar com teus pais.

Compositor: Vitor Mateus Teixeira (Teixeirinha)
ECAD: Obra #107569 Fonograma #1429465

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