Vida dura Meu deus que pindura Eu não faço loucura Mas me sinto mal Passa um mês Passa anos e anos E a coisa não muda Tá sempre igual O salário do jeito que tá Já deixei de comprar Miudesa em geral Fico bravo feito uma cobra No bolso não sobra um bendito real
Fim de mês Eu recebo o salário E di novo eu saio Pras contas acertar Mês passado Eu paguei o mercado Esse mês eu não pago Vai ter que esperar A quitanda, farmácia e o barzinho Eu reparto um pouquinho Pra ninguém chorar Não paguei nem o dizimo na igreja Gastei com cerveja Deus vai perdoar
Desespero E quando acontece Que alguém amanhece Meio doente Si a doença Mata devagar O valor da consulta Mata de repente Então vai lá pro inps Nem bem amanhece Tem trinta na frente O doutor na cadeira si ajeita Rabisca a receita e nem olha pra gente
Fui atrás De um rabo de saia Pra quebrar o estrés Dessa vida cruel Pernoitei Com uma moça tão linda Do cabelo preto E os lábios de mel Uma noite de pura orgia Eu me divertia Fazendo escarcel Alegria durou só um pouquinho Voltou o chequinho que eu dei no motel
Passa o tempo Tudo permanece Não acontece Nada di novo Poderoso Come estrogonofe A mistura de pobre É um pedaço de ovo Quando escuto um governo anunciando Que tá preparando Um pacote novo Sim prepare compadre e comadre Lá vem mais pimenta no rabo do povo
Compositores: Adilson Cesar Nacbar (Corotte), Jose Lourenco Spirito (Ze Lourenco) ECAD: Obra #15295272 Fonograma #13851675