Uma paisagem tão rara Que setembro apelou pra Pedro Quero chuva mansa e clara Que a flor que vi Se a flor que sou não chego Olhe que já vi primavera Luar nascendo cedo Matei a sede na fonte das pedras Ouvindo o passaredo Passeei entre os cajus Descobrindo teu segredo Ouvindo o canto da inhambu Nos confins dos arvoredos No ribeirão já banhei nu Entre meio os alamedos Já vi em noites azuis Lampejos nos lajedos Quando é tempo de chover se alegram flores, bichos, gados Eu ainda hei de ver Um mundo sem guerra De homens honrados Então seguirei por aqui De pés no chão despreocupado Sou menino, sou guri Tupi, guarani dourado No quebrar das cachoeiras, Debaixo dos ingazeiros O flabelar das palmeiras Nos cachos dos teus cabelos Já vi flor de todo cheiro Pra que tanto nesse olhar Já vi chumbo virar ouro Já vi choro sem mágoa Todo tipo de tesouro O coração pode guardar Cristão abraçando Mouro Em coro pra celebar Bela igual assim nesse doiro Só se o arco-íris bordar Não esqueci sem conhecer Só de ver hei de lembrar Quando é tempo de chover...
Compositor: Juraildes da Cruz Rodrigues (Juraildes da Cruz) (UBC)Editor: Universal Music Publishing Mgb Brasil Ltda (UBC)Publicado em 2000 (29/Ago) e lançado em 2000 (01/Ago)ECAD verificado obra #19608 e fonograma #708615 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM