Num ranchinho beira córrego lá no fundo do grotão. Naquela noite de geada era só recordação. Um rapaz ao pé do fogo acariciando um velho cão. Ouvia de sua mãe a cruel revelação. Há muitos anos meu filho você era um inocente. Seu pai estava caçando nisso surge de repente. Um caçador de tocaia matou ele injustamente. Só a buzina do malvado eu guardei na minha mente.
Na face do pobre moço rolou lágrimas sentida. Nisso surge muito longe um barulho de corrida. O cão também percebeu e a velha com voz tremida. Disse ao filho essa buzina não me é desconhecida. O rapaz que nem um raio na espingarda passou a mão. Deu um salto no terreiro e marcou a direção. Esse toque não é outro lhe dizia o coração. Do covarde que matou o meu pai a traição.
O moço entrou na mata a velha ainda gritou. Meu filho deixe que Deus faz justiça ao traidor. O pedido de sua mãe ele fez que não escutou. Só depois de duas horas pro ranchinho ele voltou. Ao abrir sua patrona a velha soltou um ai. Não tenha medo mãezinha disse com calma o rapaz. Eu fiz a maior caçada outra igual não faço mais. Trazendo as mãos assassinas que matou meu pobre pai.
Compositores: Belizario Pereira de Souza (Zalo), Teddy Vieira Azevedo (Teddy Vieira) ECAD: Obra #28193 Fonograma #1572929