Dino Franco e Mouraí

Caboclo de Sorte

Dino Franco e Mouraí


Lá na vizinhança que eu sou morador
Sem que eu esperasse arranjei um amor
Ela é tão bonita parece uma flor
Tem os olhos pretos enfeitiçador
Por esta morena sofro que é um horror
E ela quase que regula a minha cor

Talvez por receio ou de opinião
Ela não deixava nem pegar na mão
Eu pedi um beijo ela disse não
Mas com muito jeito fiz arrumação
Por eu ser violeiro e bom folgazão
Ganhei por toda a vida o seu coração

Se é coisa que eu gasto é ser violeiro
E levar a fama de bom catireiro
Recebo convite do Brasil inteiro
Já cantei de viola até no estrangeiro
Acho muito fácil ganhar o dinheiro
O mais difícil é ficar sempre solteiro

Meu futuro sogro é um homem direito
Homem de palavra e de muito respeito
Eu pedi a moça, ele ficou sem jeito
Mordeu no cigarro e bateu no peito
Perguntou pra filha se era bom sujeito
Ela respondeu que sim, eu fiquei satisfeito

Com o sim do velho me aumentou a fé
Me senti tão grande como o rei Pelé
Hoje falo alto, hoje bato o pé
Ganho muitos beijos, muitos cafunés
A sorte que eu tenho muita gente quer
Vou me casar no fim do ano, se Deus quiser

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Compositores: Jose Dias Nunes (Tiao Carreiro), Osvaldo Franco (Dino Franco)
ECAD: Obra #160571 Fonograma #3092852

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