Lá pertinho de Ibiraci No estado de Minas Gerais Tem a fazenda Santa Maria Muito rica de gado e cereais Se estende no alto da serra A visão de grandes cafezais
À tardinha o sol se esconde Na cercania dos coqueirais Coração que nunca suspirou Se prende no peito e sofre demais ai, ai, ai
Nessa hora então se assiste O retorno de muitos pardais Procurando a ramagem dos ninhos Nas mangueiras e nos roseirais As galinhas vão se empoleirando E os pombos buscam seus pombais
Vaga-lumes circulando o brejo Das estrelas são sérios rivais Um curiango no meio da estrada Cantando doído soluça demais ai, ai, ai
Um poeta sentindo saudade Também canta os seus madrigais Dirigindo olhares pra Lua Num lamento tão cheio de ais A poesia vai tomando conta Envolvendo sentidos pessoais
Os rochedos parecem que acenam Para as águas que buscam os cais Eu me lembro de um rosto risonho Que disse-me adeus e não vi jamais ai, ai, ai
Vou falar de uma ilustre família Estimada por muitos casais São os donos da Santa Maria São orgulho de seus ancestrais O Lulu com a senhora Leire Tem agrados excepcionais
Toda vez que a gente se encontra Só se fala de bons ideais Se um dia me chamar saudade Eu mudo de terra e não volto mais ai, ai, ai
Compositor: Osvaldo Franco (Dino Franco) ECAD: Obra #42772 Fonograma #3095073