Acontece tantas coisas Que nos deixa abismado São as tais fatalidades Que o povo tem falado
Isto que eu vou contar Aconteceu no passado Na cidade de Barretos Um padrasto enciumado Matou sua enteada Loucamente apaixonado
Eu não vou citar os nomes Deste fato comovente Nem do padrasto assassino Nem da pobre inocente
Foi um crime passional Que revoltou muita gente Tudo está registrado Para ficar mais patente Que a justiça verdadeira Vem do Pai Onipotente
Adentrei o campo santo De Barretos certo dia E visitei o jazigo Na tristonha Ave-Maria
Era uma tarde longa Silenciosa e muito fria Muita gente ali rezava Eu também fiz companhia Misturei os meus pesares Com as dores da família
Quando o sino da capela Faz ouvir seu enlanguescer Todos vão se retirando Vem chegando o anoitecer
No gemido do cipreste Sinto minha alma doer Parece até que escuto Uma voz assim dizer Que o dia de juízo Não demora acontecer
Esse padrasto cruel Já faz parte dos mortais Ele vai ser condenado Pelos altos celestiais
Vai findar seus negros dias Nos presídios cavernais Criminoso sem perdão Para Deus não se refaz Ele morre para sempre Que não volta nunca mais
Compositor: Osvaldo Franco (Dino Franco) (ABRAMUS)Editor: Jm Edicoes Musicais (SOCINPRO)Publicado em 2005 (18/Fev) e lançado em 2000 (20/Out)ECAD verificado obra #970755 e fonograma #1038571 em 07/Abr/2024 com dados da UBEM