Fogo de Chão
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Barranca E Fronteira

Fogo de Chão


"Quando chega domingo
Eu encilho meu pingo que troteando sai
Rumo às velhas barrancas
De histórias tantas do Rio Uruguai
Eu sou fronteiriço de rédea e caniço
Perigo me atrai
Sou de Uruguaiana, de mãe castelhana
Igual a meu pai
Se a terra não é minha
Se a vida é mesquinha
¿Que se há de fazer?
Mas o sonho nasceu
O rio se fez meu
E nele vou descer
Pra encontrar quem me espera
Morena sincera
Que é meu bem-querer
Meu momento é aí
No chão onde eu nasci
E onde eu vou morrer
**Tenho o verde dos campos
Nos teus olhos
E um feitiço maleva
Que é puro veneno no caminhar
Uma noite serena adormece, morena
Em teus cabelos
E o teu corpo bronzeado é um laço atirado
A me pealar**
Tristeza e alegria são meu dia-a-dia
Já me acostumei
Sou do campo e do rio
Faça sol, faça frio
Lá domingo estarei
Barranca e fronteira, canha brasileira
Assim me criei
Com carinho nos braços
Galopo meus passos
E me sinto um rei
Agora meu dia-a-dia
Só tem alegria
Tristezas deixei
Encontrei na verdade
A outra metade
Que tanto busquei
Barranca e fronteira, canha brasileira
Feliz estarei
Com carinho nos braços
Da prenda, os abraços
¡E me sinto um rei!"

(Raquel Perret)

Compositores: Antonio Augusto da Silva Fagundes (Antonio Augusto Fagundes), Luiz Villasboas Telles Ferreira (Luiz Telles)
ECAD: Obra #3122 Fonograma #1717095

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