Adega Benjamim
Numa calçada de um bairro nobre Com a mesa posta em reflexĂŁo Pro alimento do desejo pobre De subordinar em resignação (E eu sĂł queria a refeição) NĂŁo ter o ouro misturado ao cobre Pra embargar a mesma proporção O esforço para que o joelho dobre A CĂ©sar o que Ă© de CĂ©sar por imposição " Eu vou cortar Esse cabelo emaranhado Pra que entenda de uma vez Que vocĂȘ nĂŁo Ă© bem aceito" Fiz o maluco E olhei pro outro lado Questionando " ser freguĂȘs NĂŁo pode ser o meu direito? " (Deus me proteja do conceito) E refletir Foi um remĂ©dio controlado Pra enxergar a lucidez De nĂŁo agir do mesmo jeito Fiquei com pena Da alma desse coitado Moldado na embriaguez Da construção que deu defeito Ă que o cabelo No caso era embolado No pavor da insensatez De um pretĂ©rito imperfeito Um Benjamim Pra ser o privilegiado Se apoia na rigidez Pelo domĂnio do sujeito Texto Um peito que controla Se escora na fraqueza Ă, rapaz! Desde sempre O mundo Ă© dominado Pelos autointitulados superiores Que carregam valores Em uma espĂ©cie de casta De um favorecimento que nunca basta E esse grupo Ă© fechado Montado na subserviĂȘncia Da ignorĂąncia AtravĂ©s da manutenção da carĂȘncia Pra fomentar a ganĂąncia Por isso, fique esperto! Por que Ă© de lĂĄ que sai o gabarito O errado e o certo A exclusĂŁo em negrito O costume calcado de perto O conhecimento restrito A negligĂȘncia da individualidade do afeto A lei, a ordem e o conflito
Compositor: Guilherme Pimenta / Thiago GamaPublicado em 2021 (03/Mai) e lançado em 2021 (21/Abr) ECAD verificado fonograma #26806340 em 14/Abr/2024 com dados da UBEM
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