Vai " simbora" o tempo Que de velhice esse velho morre não Vai " simbora" o vento Que de saudades é que vive o coração Tantas histórias que contei Nem sei por onde estive não Pelos lugares onde andei Só encontrei a solidão E no final fui perceber Que tudo tinha um porquê Vai no passo lento Pra entender e despertar a intenção Vai sem desalento Que de mesmice esse velho morre grão Tantas histórias que contei Nem sei por onde estive não Pelos lugares onde andei Só encontrei a solidão E no final fui perceber Que tudo tinha um porquê Texto Um dia se cansou de olhar em volta e ver concreto asfalto, borracha e desprezo De ouvir sons densos em desarmonia De alimentos que sequer podiam ser assim chamados A dificuldade em respirar pureza e a vontade de pisar onde lhe conectava com o algo maior o fez lembrar da grande mulher Aquela que sempre nutriu, mas esquecera pois vendara seus sentidos A determinação tomou conta Mata a dentro avistou galhos folhosos de uma árvore a sua esquerda e outro a sua direita Formavam um arco que mais lhe parecia um portal O medo do desconhecido foi vencido Sim, atravessou O calor da luz que sentira em seu corpo deixava clara uma mensagem Não há volta Então, os elementais da natureza apareceram e por todos lados cores, sons, cheiros formas e gostos nunca antes experimentados Um novo mundo se fez E eis que Gaia e seus elementais se reuniram em voz uníssona e disseram Agora És Humano
Compositores: Thiago dos Santos Gama (Thiago Gama), Diego Moreira Farias Melo, Pedro Santos ECAD: Obra #31410606