Última Porteira
Saudade bateu forte no meu peito
Voltei ao lugar aonde nasci
Ao atravessar a última porteira
Ali fui saudado por um bem-te-vi
Avistei o rancho que mamãe faceira
Abanando a peneira, cantando a sorrir
Olhei pro curral e vi meu pai amado
Apartando o gado ouvindo o mugir
Hoje regressei ao lugar que nasci
O mundo lá fora não serve pra mim
O que me adianta viver na cidade
Se a cruel saudade bate tão ruim
Voltei pro meu canto, não tem mais partida
A terra querida jamais deixarei
A felicidade pro meu coração
É este meu sertão que pra sempre amarei
Chegando ali me vi no meu mundo
Parece que tudo sorria pra mim
E na bica d'água eu lavei do rosto
Amargo desgosto que fora senti
Ouvi o galo índio cantar no terreiro
Na cerca de arame duas juritis
Ouvi o piado o inhambu na grota
Na soca da roça o cantar da perdiz
Hoje regressei ao lugar que nasci
O mundo lá fora não serve pra mim
O que me adianta viver na cidade
Se a cruel saudade bate tão ruim
Voltei pro meu canto, não tem mais partida
A terra querida jamais deixarei
A felicidade pro meu coração
É este meu sertão que pra sempre amarei
Compositor: Sebastiao Alves Ferreira (Theo Ferreira)
ECAD: Obra #3612089 Fonograma #831211Ouça estações relacionadas a Paulo Cruz e Zé Eduardo no Vagalume.FM