Eu não ouvi bem Então vai precisar gritar Entre o ruído forte E o silêncio e a morte Algo que corte essa idéia errada A minha porta fechada E o que não me deixa escutar Da água pro vinho O rio tinto sobre serra acima O sangue novo impede a vida de terminar No começo da queda É que a vontade de subir se firma Mesmo que esteja longe demais pra voltar Melhor acreditar que é imagem A noite aparece e escurece o brilho dos olhos Reflete um mundo que a muito adoeceu Sem palavra que acalme Sem mentira que cole Os fragmentos do povo Que nem com o tempo cresceu Coberto de razão e de formigas Se foi mais um herói Se um preço alto tem a carne Maior tem o ideal Gostou da briga acreditando Que tiro de amor não dói A ignorância aliviando O plano material Melhor acreditar que é miragem Qualquer vento vai te levar Pra fora da mente Já não sou mais eu quem está na direção Se a dor não sai Eu simplesmente não lembro mais Viu, nem me viu Quem me faz flutuar Pode andar sobre o mar E fazer, refazer, começar, terminar Um dia após o outro A minha vida se escreve Por mais que seja um peso leve Minha pegada afundou Na corrida do ouro Segundo lugar não serve e acomodar com a derrota E renegar quem eu sou Melhor que acreditar numa imagem Qualquer hora eu venho te levar Clareando a noite Já não sou mais quem está nessa direção Se a dor não sai Eu simplesmente não lembro mais Viu, nem me viu Quem me faz flutuar Pode andar sobre o mar E fazer, refazer, começar, terminar
Compositor: Rodolfo Leite Goncalves de Abrantes (Rodox) ECAD: Obra #706588 Fonograma #946847