Quando eu era mocinho Tristeza eu não conhecia Fui peão, fui cantado Pra mim só foi alegria Comprei um burrão ligeiro Por nome de Ventania Amansei foi do meu jeito Não trocava e não vendia Confesso de coração Na garupa do burrão Moça feia não subia
Meu Deus que coisa gostosa Quando tinha montaria Domingo depois do armoço A gente se adivirtia Montando em burro brabo Do lombo ninguém caía Na mangueira da fazenda A gente passava o dia Não sai mais do meu sentido Quantos beijos escondido Eu ganhava e não perdia
Nas festa de mês de junho Era muita regalia Se eu fosse nas festa Meus amores lá não ia Eu passava a mão na viola O pagode amanhecia A menina mais bonita Do meu lado já pendia Eu não conheci fracasso Minha viola era um laço Laçava quem eu queria
Depois que o galo cantava Vou contá o que acontecia A menina mais bonita Comigo ela seguia Meu burrão bão de garupa Tinha pisada macia A menina na garupa Me apertava e dizia Meu benzinho, estou contente O amor quando é quente Não tem madrugada fria
Compositores: Benedito Lacerda, Roberto Martins ECAD: Obra #46947 Fonograma #5681838