Seu moço, preste atenção Procure me compreendê Bem certinho vou dizê Se o senhor me permitir
Este imenso progresso Que cobre o Brasil de glórias Analisando a história Eu ajudei construir
Hoje os meios de transporte São por vias asfaltada Mas as primeiras picada Foi eu que ajudei abrir
Com o meu carro de boi Arrôxo de couro cru Cambito de guatambú Fueiro de cambuí
Cortava terras barrenta Nas ferragens dos rodeiro No ringir dos taboeiro Nos estalos dos cansis
Carregado de cereais Eu seguia passo a passo Caprichava no chumaço Pros cocão fazer zunir
A força do meu destino Desdobrando a sorte amarga Deitado embaixo da carga Ouvindo chuva cair
Sem lamentar minha sorte Depois que a chuva passava De novo continuava Minha jornada seguir
Com fé na Virgem Maria Que sempre me abençoava E também me acompanhava Quando eu ia partir
A cantiga do meu carro Nas distâncias caminhava Pra sempre ficou gravada Na minha imaginação
Meu velho carro de boi Que tanto gosto me deu Carunchou e apodreceu Lá no fundo do garpão
Onde eu for enterrado Quero que deixa um letreiro Descansa aqui um carreiro Pioneiro do sertão
Compositores: Jose David Vieira (J.david Vieira) (SADEMBRA), Luiz de Castro (ABRAMUS)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)ECAD verificado obra #41611 em 12/Abr/2024 com dados da UBEM