Wado
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Deserto de Sal

Wado

A Farsa do Samba Nublado


Se a tristeza fosse tanta que permanecesse muda:
Então seria pior
Ainda há esperança no chorar soluçante,
No cantar gritando
Nos ombros, como papagaios, carregava corvos
E dentro dos lábios o silêncio mudo
No peito um cemitério de ex-amigos mortos

E enterrar os mortos, desapegar os ossos
Confirmava a vida o que é bom: desprendimento

Ainda há vontade de andar: o que é bom
E embotado nos olhos,
O negrume vazava de dentro da carne

No peito um cemitério de velhos sonhos mortos
Nenhum plano vagava no deserto de sal
E num dado momento parecia até que o sol ia nascer
E era mais uma estrela decadente
No deserto de sal

O deserto de sal
Compositores: Alvaro Cabral Amorim de Araujo (Alvinho Cabral) (ABRAMUS), Oswaldo Schlickmann Filho (UBC)Editor: Tratore (ABRAMUS)ECAD verificado obra #1696976 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM

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