Subi a escadaria para me benzer E pedi ajuda para Oxalá Consultei os astros para entender Lua cheia, eu me batizei no mar
Habeas Corpus moral, apneia mental Imperativo espiritual O fogo queima, o coral corta Se não há risco a criatura é morta Só você pode se conhecer Seu equilíbrio, sua verdade Se aquele instinto é uma necessidade E a trindade nesse trinômio Você, seus anjos e seus demônios
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O que eu estou fazendo da minha vida?
O que eu estou fazendo da minha vida? Lambendo a carne viva com o dedo na ferida Brindando a existência e aprendendo a distinguir A hora de refrear, a hora de transgredir Chorando minhas dores, moldando meus valores Tacou pedra, finto a pedra. Tacou flores, voltam flores É uma linha tênue, é menos que um semitom Quando o bom não é o certo, quando o certo não é bom
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Ah minha vida toda! Um ato de desapego Do corpo, do casamento, do parente, do emprego Fé é confiança, no que quer que se invista Tem fé o ateu, tem fé o cientista Me curvo humildemente ante aquilo que não sei Acredito no Amor, ganho o jogo no fair play Só não espero a providência pra encontrar a minha essência Pois não há um salvador que nos tire essa incumbência
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Compositores: Danilo Ferreira Alves Cutrim (Danilo Cutrim), Vitor Isensee e Sa (Vitor Isensee), Nicolas Christ Fassano Cesar ECAD: Obra #14552161 Fonograma #18675392