"Entre o querer e o não querer bem Há uma linha tênue. " - riu o lobo Ao pequeno pastor de ovelhas Que lhe abriu o coração e lhe tirou do frio
Longe do vento, sob um mesmo teto Temos folhas secas e calor Céu de janeiro, sempre um recomeço Sempre a nova chance ao perdão
Seguimos sinceros confessando O que nos enfraquece e tão pura foi A seiva das palavras que a inocência ergueu pontes E partiu segredos ao chão
E quando a chuva vem Agradeço por esse lar Que sei que o tempo é o que faz Tudo tão certo e eterno E durmo em paz Por saber que por mim estás
Então a noite veio e uivou pela floresta Quando te vi correr ao breu Com meu amor rasgado em teus dentes Partindo em mil pedaços O que te fez família Sem remorso algum
Ah, maldita seja a hora em que Por devoção, me fiz cego à natureza do que é traiçoeiro E amaldiçoado seja esse meu coração Que dá sempre a outra face e espera por bondade
Longe do tempo, não corremos perigo Contudo no peito queima a dor Céu de janeiro, chore nestes erros e não Me deixes mais abrir aos lobos
Compositores: Fabio Luiz Altro Soga (Nene Altro), Marcelo Jose da Silva (Tyello), Marcelo Verardi, Jose Augusto Ribeiro (Guto Ribeiro), Julio Cesar dos Santos (Julio Santos) ECAD: Obra #14286421 Fonograma #12156065