Apartou-se da tropilha um zaino, crina comprida Num galope de alvoroço foi debochando da lida Esbarrou junto das tábuas na terra do mangueirão Deu cara-volta pro povo batendo um casco no chão
Armaram-se as rodilhas,argolas e seus mandados Couro de boi tento a tento nas mão do negro trançado Um a um ganhou o ar zunindo sobre os chapéus E um reboleio de laços pra terminar o tropel
Alguém de longe gritou, fez farra com o tirador E o zaino escarceando crinas, largou do seu partidor Primeira armada no chão, a segunda quase pega Terceira foi um buraco, juntando potro e macega
Foi como botar com a mão! A armada do capataz Cerrou na volta dos pulsos e é bem assim que se faz E o potro virou de volta trocando sua condição Quem derrubou tanta gente hoje conhece o chão
Depois ergueu-se uma poeira e terminou o tropel E o capataz na outra ponta acomodou o chapéu Quem não viu, ouviu de longe laço tinindo e um estouro E o tombo foi o encontro da terra bruta com o couro
Compositores: Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira), Afonso Machado Greco (Pirisca Grecco) ECAD: Obra #37290664 Fonograma #1725098