Conheci um baianinho esses da fala macia, Dava nó em pingo d'água e laçava melancia Pegava raio na mão segurava ventania O seu corpo foi fechado num terreiro da Bahia Caldo de cana gostoso é o que sai da cana roxa O malandro não tem culpa se o resto do mundo é trouxa.
Chegou na cidade grande baianinho se expandia Foi comprando carro zero pra pagar em noventa dias Conseguiu vender a vista mostrando sabedoria Virou grande negociante baianinho enriquecia Caldo de cana gostoso é o que sai da cana roxa O malandro não tem culpa se o resto do mundo é trouxa.
Baianinho na tourada só toureia vaca mocha No natal compra castanha come a boa e vende a chocha No banquete que tem frango baianinho come a cocha Deixa o pé deixa o pescoço pra aqueles que nasceu trouxa Caldo de cana gostoso é o que sai da cana roxa O malandro não tem culpa se o resto do mundo é trouxa.
Foi contra um campeão de snooke baianinho fez surpresa Deu duzentos de lambuja só seis e sete na mesa Deu trinta snooke de bico jogando só na defesa Meteu o sete trinta vezes ganhou o jogo na moleza Caldo de cana gostoso é o que sai da cana roxa O malandro não tem culpa se o resto do mundo é trouxa.
Compositores: Lourival dos Santos (Lourival Santos), Jose Dias Nunes (Tiao Carreiro), Bento Julio Guidini (Julio Guidini) ECAD: Obra #576361